Nunca estive tão perto de África como...

Cesária Évora (Coney Island, 2003)
Photo by Mark Seliger 

Enquanto percorria as páginas da Terra Sonâmbula saltitando entre estações de metro até chegar ao São Jorge para ver o concerto da Cesária Évora.
Pode se reconhecer que o artista é grande quando ao entrar em palco já toda uma plateia se levanta para o louvar com uma salva de palmas.
Resumindo Cesária Évora em duas palavras: doce embalar.
Música que lembra a tristeza e a melâncolia do fado, o calor brasileiro e o balanço cubano. E no meio há uma mulher que permanece quieta e impassível ao movimento das notas e que canta em jeito de susurro.
A meio do concerto anuncia qualquer coisa como: a próxima musica é instrumental enquanto eu vou beber um chá e fumar um cigarro. Senta-se na penumbra do palco numa mesa ao lado do piano e acende o cigarro ficando o fumo a pairar por entre a música e as luzes do palco. Em conversa com uma amiga que a ouviu na California há alguns anos atrás, esta atitude que em Portugal foi saudada escandalizou os Americanos.

Fica a música que ela não cantou... 



Ella

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